Como o novo índice de aluguel vai impactar o mercado imobiliário?

Como o novo índice de aluguel vai impactar o mercado imobiliário?

Como o novo índice de aluguel vai impactar o mercado imobiliário?

Um dos maiores empecilhos para a indústria imobiliária no país tem sido a falta de um indicador específico para este mercado, capaz de refletir de maneira precisa os preços dos aluguéis.

Em tese, a referência para a maioria dos contratos era o Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M), mas, como o próprio nome sugere, ele é um indicador que acompanha os preços do setor produtivo e é influenciado pelo preço do dólar e pouquíssimo relacionado ao preço de moradia.

Este problema já havia sido diagnosticado há um tempo. Os dois últimos anos tornaram ainda mais urgente a mudança de indexador para o preço dos aluguéis. O IGP-M subiu mais de 50% no acumulado de 2020 e 2021.

O que aconteceu, então, foi que o preço dos alugueis subiu (MUITO), o que afastou possíveis locatários. Tivemos, em muitas cidades do país, imóveis para alugar parados por muito tempo.

Algumas empresas começaram a buscar alternativas, e trocaram o IGP-M pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice que é referência para a inflação do país. Mas a troca não foi ideal, porque o IPCA acompanha a variação de preços de uma cesta de produtos muito variada, que vem acompanhando a alta do preço dos combustíveis.

Diante desse quadro, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) lançou, em janeiro, o Índice de Variação de Algueis Residenciais (IVAR).

A grande inovação do IVAR é que ele foi desenvolvido exclusivamente para acompanhar a variação de alugueis residenciais, há, portanto, uma correspondência direta com a dinâmica própria do mercado imobiliário.

O IVAR é calculado a partir de contratos novos, reajustados ou renegociados de aluguel. A informação sobre o valor fechado no contrato de locação foi fornecida por várias administradoras de imóveis com as quais a FGV firmou parceria.

O objetivo é ter uma medição mais próxima do comportamento dos preços realmente praticados nas locações. E a perspectiva é que a adesão das empresas administradoras de aluguel e imobiliárias seja cada vez maior, para que o índice reflita realmente a situação do mercado.

Por enquanto, a adoção do IVAR para ser adotado como indexador das negociações de aluguel depende da decisão do inquilino e do proprietário. Tudo depende, como dizem os economistas, do mercado.

Vamos aguardar para ver como o mercado reage ao IVAR.

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