A atual sociedade de consumo pós-revolução industrial nos apela diariamente: compre, compre, compre! E, em meio a milhões de apelos comerciais, acabamos cedendo às tentações e, algumas vezes, até mesmo estourando o limite do cartão de crédito em compras e mais compras que julgamos necessárias.

Mas, será que realmente são, ou isso é o resultado de uma lógica de consumo exagerado, incentivado pelo marketing e pela mídia patrocinada pelas empresas que lucram com isso?

É esse questionamento que tem levado cada vez mais pessoas a aderirem a um novo estilo de vida, o lowsumerism. Uma ideia que traz atitudes e posturas conscientes, e vem conquistando cada vez mais adeptos no Brasil e no mundo.

Vindo do inglês, o lowsumerism defende o conceito do “consumo equilibrado”. O não significa não consumir nada, mas sim, consumir de forma consciente.

Além disso, o lowsumerism traz questões como a busca por novas experiências, mudanças de hábitos, economia colaborativa ou compartilhada e, é claro, a quebra do consumismo, estabelecido como o “padrão” para a vida em sociedade.

Não é à toa que a cada dia que passa, aumenta o número de pessoas adeptas ao minimalismo, ao desapego, às trocas de roupas e objetos e, consequentemente, ao lowsumerism.

Aderir a esse novo conceito é adotar um estilo de vida mais moderno, onde menos é mais, e as três atitudes-chave são: pensar duas vezes antes de comprar alguma coisa; optar por alternativas de menor impacto no meio ambiente – como trocar, consertar ou criar, e consumir apenas o necessário.

Uma referência para este conceito é o documentário “The Rise of Lowsumerism”, produzido pela empresa de pesquisa de tendências de consumo Box1824, que traz questões como o consumo sem necessidade, o desperdício de recursos naturais e a destruição do planeta.

Para se engajar nessa nova ideia, a sugestão é que a pessoa pense se realmente vai ser necessário aquela compra, respondendo a 5 perguntas principais:

1. Eu realmente preciso disso?
2. Eu posso pagar por isso?
3. Eu sei a origem desse produto e para onde ele vai depois?
4. Essa compra pode prejudicar o planeta?
5. Quantas dessas compras o planeta consegue suportar?

Adotar uma postura “lowsumer” é entender que pequenas atitudes podem gerar grandes resultados, e que hábitos individuais interferem e muito na vida de outras pessoas, porque apesar das fronteiras geográficas, econômicas e culturais, estamos todos no mesmo “barco”, ou melhor, planeta.

Agora, conte para a gente: você já aderiu a prática do lowsumerism?